terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

Coluna do Otávio Oliveira - Vanguarda no atraso e as prioridades da CBF


A rejeição no congresso técnico da CBF do uso do árbitro de vídeo no Brasileirão deste ano foi um duro golpe na modernização do futebol nacional. Mais uma vez, a cartolagem amadora e retrógrada prevaleceu nas decisões que norteiam o futuro do esporte no país. O mundo adotou o VAR. Mas nós vamos continuar por aqui com as nossas jabuticabas.

Vamos continuar com aqueles inúteis auxiliares de linha de fundo fingindo que auxiliam alguma coisa. O VAR custa caro? Custa. Mas nada demais para uma entidade que fatura milhões tirando parcelas polpudas da arrecadação dos clubes a cada jogo.

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Por que não cobrar, bater o pé, para que a CBF arque com o custo? Vale aqui registrar a miopia dos dirigentes dos 12 clubes que se posicionaram contrários à tecnologia: Corinthians, Santos, América-MG, Cruzeiro, Atlético-MG, Atlético-PR, Paraná, Vasco, Fluminense, Sport, Vitória e Ceará.

Que não venham depois reclamar de erros de arbitragem. Que não venham culpar juízes quando se sentirem prejudicados. Que se lembrem, sim, do voto que deram ontem.

Prioridades...

Apenas a Copa do Brasil receberá suporte do VAR, e bancado pela CBF, em 2018. Dos 20 clubes da Série A do Brasileirão, apenas sete foram favoráveis ao uso também no Brasileirão: Bahia, Botafogo, Chapecoense, Flamengo, Grêmio, Internacional e Palmeiras.

O São Paulo se absteve. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, presidente do Tricolor, alegou um “imprevisto” e deixou a reunião antes da votação, o que mostra que o futuro do futebol nacional não é prioritário para quem deveria lutar por melhorias.

Em compensação, não houve veto à bizarra prática da venda de mando de campo, que este ano colocou uma partida do Flamengo pelo Estadual do Rio em Brasília e fez o São Paulo estrear na Copa do Brasil em Londrina contra uma equipe carioca.

No mesmo congresso, os participantes também aprovaram o uso de grama sintética, caso único da Arena da Baixada na Série A.

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